22 outubro 2019

📅 Geisy Arruda e os 15 minutos

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OS 15 MINUTOS QUE VIRARAM 10 ANOS

Atenção, cineastas: A história a seguir dá um filme. Pode ser drama, pode ser romance. 🎬🎥

Cenário: uma faculdade particular. Personagem principal: uma estudante de Turismo. Coadjuvantes: alunos, professores, monitor, seguranças, PM’s. Ano: 2009. Elementos do enredo: um vestido rosa, um jaleco, celulares, bullying, assédio (moral e sexual), machismo, preconceito, internet, mídia, intolerância, julgamento, sadismo.

Já deu um livro:


Na noite de quinta-feira, 22 de outubro de 2009, às 19h15, o que parecia ser mais um dia comum na UNIBAN Brasil (Universidade Bandeirante), localizada em São Bernardo do Campo, São Paulo, acabou desafiando a máxima de Andy Warhol, segundo a qual todos teriam direito a seus 15 minutos de fama. A personagem principal conseguiu prorrogar esse tempo para inacreditáveis e improváveis 10 anos!






VESTIDA PARA CAUSAR

Geisy Vila Nova Arruda, na época com 20 anos, chegou para assistir as aulas usando um vestido rosa, que por ser justo e curto, realçava suas curvas. Ao caminhar pelos corredores da faculdade, Geisy mexeu com a libido, com a inveja e com a moral de boa parte dos alunos e alunas.


O que veio a seguir foi um verdadeiro show de horrores de tudo o que não se deveria fazer, ainda mais partindo do princípio em que o cenário é composto (ou pelo menos, deveria ser) por uma elite intelectual.




A estudante foi seguida, perseguida, vaiada e xingada (“puta” era o que mais se ouvia) por seus colegas. Sem saída, Geisy teve que se trancar em um banheiro; depois, na sala de aula, de onde só saiu escoltada pela PM, pois a segurança da faculdade não sabia o que fazer. Saiu vestindo um jaleco branco, que cobriu o vestido rosa, pois a PM considerou que “ela teria ido à faculdade com trajes inapropriados”.



Para piorar a situação (e colocar a cereja no bolo 🎂), a direção da universidade resolveu divulgar uma nota (inclusive, pasmem, publicando em jornais e até na TV) que, em resumo, diz a clássica “a culpa é da vítima!”. 🤦🏻‍♂️


Geisy teria ganhado R$ 40 mil de indenização da faculdade.


FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM

Nesses 10 anos, Geisy inventou e se reinventou. No corpo, ela mexeu em quase tudo, do nariz à polêmica cirurgia íntima 🌺. Na mídia, participou de vários programas na TV 📺 e no rádio 📻, posou nua várias vezes, gravou clipe musical,  investiu como empresária, virou blogueira. Aos poucos tenta desconstruir a imagem de “periquete e subcelebridade (ou celebridade instântanea)”, prefere ser chamada de "Cinderela da Classe C"; só não conseguiu ainda se livrar das fake news, e das polêmicas. Sendo que, provavelmente, das polêmicas ela não queira mesmo correr.





















Geisy completou 30 anos no dia 05 de junho. De certa forma, a sua origem lembra a de Adriane Galisteu, namorada de Ayrton Senna na época de sua morte. Até então, Adriane não era conhecida do grande público. Teve que "lutar" com Xuxa Meneghel, no auge da fama, pela viuvez do piloto de Fórmula 1 🏎.

Nesses dez anos, Geisy se agarra às polêmicas para se manter na mídia. Uma declaração polêmica aqui, outra ali. Vira e mexe tem seu nome envolvido com prostituição. Como dizia o poeta, "dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão, da caridade de quem  me detesta". E como dizia o bordão de um personagem interpretado por ela: "Repito de ano, mas não repito o vestido".































Na época da polêmica do vestido rosa, a rede social do momento era o Orkut. Hoje, Geisy tem um milhão e meio de seguidores no Instagram.
























Assim como no roteiro de "Feitiço do Tempo" ("Groundhog Day"), Geisy passa a vida tentando repetir aquele emblemático 22 de outubro.

 
 
 
 









20/11/2019 ⬇️












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